sábado, 15 de setembro de 2012

Ganho de peso

Ganho de peso após cirurgia bariátrica





cirurgia bariátrica  (também conhecida como cirurgia de redução do estômago) costuma cursar com importantes resultados na perda de peso e na qualidade de vida dos pacientes. No entanto,  muitos pacientes estranham quando são alertados que, se não tomados os devidos cuidados, poderá haver importante ‘re-ganho’ de peso após a cirurgia.  Isso ocorre porque a obesidade é uma doença crônica, que ainda não possui cura apesar dos grandes avanços da medicina atual.
O principal estudo científico sobre os resultados da cirurgia bariátrica em longo prazo é conhecido como SOS (Swedish Obese Study). O estudo SOS demonstrou que ao longo do tempo, os pacientes tendem a recuperar parte do peso perdido após a cirurgia.
Foi demonstrado que após 2 anos da cirurgia, ocorria a maior perda de peso, cerca de 70% do excesso de peso; após 5 anos da cirurgia, metade dos pacientes operados ganham 20% do peso perdido; após 10 anos da cirurgia, apenas um terço dos pacientes mantêm o peso perdido nos primeiros 2 anos.
Quando dizemos que a cirurgia teve sucesso?
corpo humano não funciona como uma máquina. Nosso organismo não pode ter seu comportamento previsto em simples fórmulas matemáticas. Existem diferentes formas de se avaliar o sucesso da cirurgia, mas cada caso deve ser avaliado individualmente.
Considera-se sucesso na cirurgia quando:
•Paciente perde 35 a 40% do peso total inicial após 2 anos da cirurgia ou
•Paciente perde 50% do excesso de peso em relação ao peso ideal após 2 anos da cirurgia
Quais fatores facilitam o ‘re-ganho’ de peso após a cirurgia?
1-Transtornos alimentares: compulsão alimentar, compulsão por doces, síndrome do comer noturno, dentre outros, são transtornos psicológicos que correspondem à principal causa de obesidade; após a cirurgia, se não devidamente diagnosticados e tratados, levam ao re-ganho de peso.
2-Baixa adesão ao acompanhamento clínico e nutricional: as reavaliações com o Endocrinologista e Nutricionista são fundamentais para se ajustar o tratamento dietético com as condições clínicas do paciente. A falta de proteína, por exemplo, leva à atrofia muscular, ganho de gordura e baixa resistência imunológica.
3-Baixa adesão à atividade física: quem se submete à cirurgia pensando que não haverá necessidade de mudar hábitos irá ficar decepcionado em pouco tempo. A falta de exercícios diminui a taxa metabólica, que é a capacidade de queimar gorduras. Exercícios regulares deverão ser realizados por toda a vida.
4-Má informação do paciente: entender que a cirurgia não é sozinha a solução mágica para a obesidade é muito importante. A falta de informação do paciente, falta de cooperação ou ainda a vergonha de retornar ao acompanhamento por estar ganhando peso novamente, faz com que muitos pacientes percam praticamente todo o resultado da cirurgia.
5-Modificações no organismo após a cirurgia: com o passar do tempo, o estômago e intestinos no paciente operado passam por algumas adaptações que permitem ao organismo absorver mais gorduras e açúcares; ocorre dilatação do estômago, diminuição da saciedade (pode ocorrer logo no sexto mês de operado), aumento das vilosidades intestinais (passam a absorver melhor alimentos calóricos).
Por Dr. Tarcísio Narcísio Silva – Médico Endocrinologista e Metabologista

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