terça-feira, 4 de setembro de 2012

Cirurgia ao Vivo


Cirurgia ao Vivo: relato completo e fotos – Parte I 

2nd novembro, 2010 by Danny Mou
>> Diário Pessoal, 02/11/10
Abaixo, um relato completo da GASTROPLASTIA POR VÍDEO que eu assisti, dentro do Centro Cirúrgico!
No dia 03 de Abril de 2007, eu tive o privilégio de assistir uma Gastroplastia realizada através de videolaparoscopia, dentro do Centro Cirúrgico. Foi uma experiência marcante e única, que agora compartilho com os leitores do meu Blog, com todos os detalhes e muitas fotos! ;)
Espero com este relato, conseguir transmitir a enorme emoção que senti, ao ser “testemulha ocular” do Renascimento de uma pessoa!!! :)
.
.
Data: 03/04/2007
Hospital: Santa Rita – SP
Cirurgiões: Dr. Alexandre Amado Elias
e Dr. Nestor Suguitani (Instituto Garrido)
Paciente: Luciano Tozato dos Reis
* Importante © Copyright: as fotos aqui publicadas foram devidamente AUTORIZADAS pelo paciente, pelos médicos e pelo Hospital. Favor não reproduzir sem a devida autorização! Passível de punição legal. Todos os direitos reservados.
.
.
Cheguei no Hospital Santa Rita por volta das 7h30. Enquanto andava pelos corredores do Hospital, senti uma alegria em pensar que eu estava ali, iria entrar no Centro Cirúrgico, mas como expectadora; não como paciente! Fui diretamente para o quarto 213, falar com o Luciano. Ele e sua esposa, Carolina, estavam bastante tranquilos. Conversamos e tiramos algumas fotos.
.
Depois, fui me preparar para entrar no Centro Cirúrgico. Peguei a roupa azul de médico, coloquei a touca e as sapatilhas. A máscara deve ser colocada, apenas quando a cirurgia se inicia.
.
O Centro Cirúrgico nº 21 é lindo demais, amplo, totalmente aparelhado para cirurgias por videolaparoscopia. Vocês nem imaginam a diferença entre um centro cirúrgico preparado para cirurgias por vídeo e um para cirurgia convencional.
Toda aquela aparelhagem dá um “ar futurista” incrível!
.
Olhei tudo com calma e conversei com uma enfermeira. Ela me encaminhou ao “Descanço Médico”, uma sala espaçosa, com enormes janelas, sofás, mesa de reunião e lanchonete. Os médicos passam muito bem! :)Eu comi 1 mini-pão francês com queijo branco e tomei suco de maracujá com adoçante. Isso, antes da cirurgia, para “forrar” o estômago, pois não sabia quantas horas ainda teria pela frente. Esta lanchonete para os médicos é bastante sortida! ;) .
.
Quando eu terminava meu lanche, o enfermeiro responsável pelo Centro Cirúrgico, veio avisar que o Luciano já estava sendo trazido. Voltei correndo, pois não queria perder nenhum detalhe, desde a entrada na sala de cirurgia, até a saída, para a sala de recuperação. Da maca, ele foi transferido para a mesa cirúrgica, bem mais estreita. Ele estava aparentemente calmo, enquanto era preparado pelo enfermeiro; até conversamos um pouco.
.
Um holter de pressão arterial foi colocado no seu braço direito, um oxímetro no dedão, para medir a quantidade de oxigênio no sangue e uma veia foi pulsionada no braço esquerdo, com soro e medicação. Nessa cama cirúrgica, ficamos com braços abertos, no formato de cruz. Os braços são levemente enfaixados e a barriga é presa também. Muitas pessoas ficam com uma péssima impressão sobre isso; que são amarradas na cama.
.
Quero fazer uma explicação aqui: isso é necessário, pois a cama se movimenta e se inclina e o paciente não pode se mexer. Essa inclinação da cama é necessária, para que as vísceras desçam e facilite todo o processo. Eu já sabia disso, pois recebi essa explicação do Dr. João de Almeida, anestesiologista Chefe e responsável pelo Serviço de Dor Aguda do próprio Hospital.
.
Além das meias de compressão, o Luciano alugou um equipamento chamado de Botas Pneumáticas, que fica massageando as pernas, durante toda a cirurgia, as horas na sala de recuperação e são retiradas no quarto. Na época que eu operei, o Hospital Santa Rita não dispunha desse equipamento. Outros Hospitais, como o Albert Einstein e o Oswaldo Cruz já utilizavam. É para prevenir embolia. O Dr. Nestor chegou primeiro na sala cirúrgica e me explicou um pouco sobre o uso dessas botas pneumáticas.
.
Eu pude perceber que o anestesiologista é importantíssimo durante todo o processo cirúrgico! Ele cuida da sedação, da entubação, da sonda gástrica que vai ser utilizada para o “azul de metileno”, mantém os níveis de sedação e depois, ele desperta o paciente, extuba, libera para a Sala de Recuperação e ainda, dá a alta para o quarto.
.
O único momento que fiquei um pouco agoniada, foi na hora da entubação. Eu tinha muito receio de acordar entubada, quando da minha cirurgia… O anestesiologista me explicou muito sobre como a sedação em pacientes obesos é mais difícil. No caso do Luciano, ele tem a boca pequena e o pescoço curto, além de obesidade mórbida. Todos esses fatores juntos, fizeram com que a entubação fosse mais delicada.
Eu fiquei com a impressão que o Luciano, quando começou a inalar o vapor, demorou bastante para apagar. Mas o anestesiologista disse que não demorou muito. O sedativo é aplicado pela veia. Ele também tomou Dormonid, que ajuda a dormir e tem efeito amnésico depois.
.
O Dr. Elias foi muito simpático. Ele foi o último a chegar, pois estava em outra cirurgia. Ele se apresentou e perguntou se eu precisava de alguma coisa e se estava tudo bem.Nesse momento, o Luciano já estava dormindo, já tinham colocado as meias e as botas. Estava tudo preparado, para o início da cirurgia. Todo o corpo é coberto pelos panos; apenas o campo cirúrgico fica exposto. As instrumentadoras estão montando a mesa e tem uma grande movimentação dentro da sala. Eu fico pelos cantos, pois não quero atrapalhar; porém, não quero perder nenhum detalhe! É hora de colocar a máscara no rosto, pois a cirurgia já vai começar.



Todo material dessa publicação é de propriedade do Diário pessoal: http://byebyegordura.com.br/?cat=356


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ganhe dinheiro sem sair da frente do seu computador.

http://www.twodollarclick.com/banners/banner1.png Html: