segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Redução de estomago e o risco na gravidez.



Redução de estomago e o risco na gravidez.
Redução de estômago e os riscos à gravidez
Apontada por muitos como a solução para o excesso de peso, a cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como operação de redução do estômago, é indicada para casos de obesidade e provoca, em média, diminuição de 30% a 40% no peso corporal.
A promessa de emagrecimento fácil, no entanto, tem chamado a atenção também de pessoas que estão apenas ligeiramente acima do peso, sem conhecer todo o impacto que o procedimento pode causar.A gravidez, em especial, fica comprometida – diversos cuidados precisam ser tomados se uma mulher desejar ter filhos após a cirurgia.

"A mulher não deveria pensar em gestação antes de um ano e seis meses após a cirurgia, pois ela estará em processo de perda de peso e sabemos que a gestação pede um aumento do consumo de nutrientes para o bom desenvolvimento fetal", avisa o Dr. Sheldon Botogoski, ginecologista de Santa Casa de Curitiba (PR) especializado no acompanhamento obstétrico em pacientes que fizeram esse tipo de cirurgia.
Para entender o motivo da precaução, é preciso conhecer os mecanismos usados na operação bariátrica. Ela é dividida em três tipos de procedimentos: os que restringem a absorção de alimentos, ao se cortar um pedaço do estômago; os que causam má absorção, ao se reduzir a extensão do duodeno (parte inicial do intestino e principal responsável pela absorção de nutrientes e água); e os que causam restrição e má-absorção em conjunto, ou seja, aqueles em que se retira um pedaço do estômago e também se abrevia o tamanho do intestino.
Esse último tipo é o mais comum tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e tem a característica de restringir duplamente a entrada não só de gorduras , mas também de nutrientes. "O estômago fica pequeno, logo, come-se bem pouco. Com o desvio do  intestino, o alimento passa apenas por uma pequena parte do órgão – absorve pouca quantidade de nutrientes, já que o duodeno é o principal responsável pela absorção de ferro, cálcio, vitamina B12 e ácido fólico (folatos)", explica o Dr. Sheldon.
Com isso, o corpo leva um tempo para normalizar o suprimento de vitaminas e outros nutrientes. O resultado mais comum é o registro de anemia por deficiência de ferro. Em grávidas, a consequência disso pode ser prejudicial ao feto.
A doença ocasiona menos oxigenação sanguínea na gestante, o que pode, consequentemente, tornar a resposta do feto mais deficitária durante seu desenvolvimento. Outro fator determinante é a menor absorção de ácido fólico, responsável pela renovação dos glóbulos vermelhos do sangue.

Prematuridade

O risco maior para o neném é a prematuridade. "Estudos já demonstraram que, com as mulheres que engravidaram antes de um ano após a cirurgia bariátrica, ocorreram cerca de 50% de nascimentos prematuros. Naquelas que engravidaram dois anos após a cirurgia, ocorreram cerca de 20% de nascimentos prematuros. A prematuridade pode acarretar deficiências no desenvolvimento físico e motor da criança", esclarece o ginecologista.

Daí vem a precaução a ser tomada quando se combina cirurgia bariátrica com gravidez. A recomendação mais básica, já comentada pelo Dr. Sheldon, é esperar no mínimo 18 meses para engravidar, já que este é o tempo que o peso corporal leva para se estabilizar e a gestação requisita um aumento do consumo de nutrientes para o bom desenvolvimento fetal.

Esse tempo é importante também para a cicatrização interna do organismo. Como o intestino é retirado e recosturado, o aumento de volume abdominal no período de cicatrização pode ocasionar perfuração, necrose e outros problemas. Outra dica importante é que, após engravidar, mesmo que passados os 18 meses recomendados, o pré-natal deva ser tratado como de risco, com a adoção de precauções extras.

"Nesse pré-natal o acompanhamento deve ser precoce e rigoroso, com controles quinzenais e exames periódicos, sejam eles laboratoriais e ultrassonográficos", alerta o Dr. Sheldon. "Se a mulher realizar o acompanhamento adequado, não há problemas maternos ou fetais", tranquiliza o especialista.

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